Um projeto de lei tem suscitado polêmica no Rio de Janeiro. Aprovado pela câmara dos vereadores em março, o projeto de lei 325/2005 de autoria do vereador Cláudio Cavalcanti, proibia o uso de animais em pesquisas científicas. No entanto, no mês de abril o projeto foi vetado pelo prefeito, César maia, que alegou inconstitucionalidade no projeto.

De acordo com os defensores do projeto, todos os seres humanos e não podem ser submetidos à dor ou a tortura. Carlos Muller, coordenador do centro de experimentação animal do Instituto Oswaldo Cruz, argumenta que a experimentação animal é necessária uma vez que garante a existência de medicamentos para diversas doenças como hepatite, pólio e o sarampo.

Ainda segundo Muller, o número de casos em que foi usado o modelo animal e deu erro é muito menor do que o de acertos. Além disso, os métodos de hoje são muito mais eficientes que os de 40 anos atrás.

Os defensores do PL 325 argumentam que seria possível alternativas aos animais. Muller diz que tais alternativas – o cultivo de células humanas - não garante resultados tão satisfatórios quanto os animais. Segundo ele, uma minoria das pesquisas utiliza animais, sendo que 80% deles usam roedores, 8% usam coelhos e apenas 1% delas usam primatas. Além disso, os animais usados em testes são acompanhados por veterinários e são anestesiados para evitar sofrimentos.