Novo Chefe de Departamento
19/01/2006
Ricardo Bento assume ORL-FMUSP
O Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da FMUSP tem um novo chefe. Após a aposentadoria do Professor Aroldo Miniti, assume o Professor Ricardo Ferreira Bento. Sobre esse assunto, o professor concedeu a entrevista abaixo.

Primeiramente, como ocorreu a escolha para o cargo de chefe do Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia da FMUSP?

A disciplina de otorrino existe desde o início da Faculdade de Medicina da USP, início do século passado, e já teve vários professores. O primeiro foi o professor Lindemberg, depois outros vieram e por último o professor Aroldo Miniti que se aposentou em dezembro.
Quando isso acontece, o Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia indica um professor responsável até que haja concurso. Então eu fui indicado como professor responsável pela disciplina.

Qual é a importância de assumir tal cargo?

Pessoalmente, é muito importante os outros docentes confiarem em mim e me indicarem como professor responsável pela disciplina até que haja o concurso. Isso para mim é uma coisa de extrema satisfação e também de bastante trabalho. Eu até deixei bastantes afazeres particulares meus pra poder assumir com toda força aqui, isso aqui é minha principal atividade. E nós vamos juntos, o grupo todo, que é um grupo muito bom, atingir a finalidade maior que é o melhor tratamento dos nossos doentes e a formação dos nossos alunos.

Qual a importância atual da disciplina de otorrino da Faculdade?

Hoje a disciplina de otorrino da Faculdade de medicina da USP é uma das disciplinas mais atuantes no mundo inteiro na área. Tem uma projeção internacional muito forte. Conta com, entre médicos, assistentes, professores, alunos de pós-graduação, residentes, fonoaudiólogas, não-médicos, laboratórios de pesquisa, fellows, mais de 200 pessoas. É uma forte formação profissional. Além disso, aqui a gente publica em torno de 60, 70 artigos em revistas nacionais e internacionais todo ano.

Como a graduação, uma das bases da FMUSP, será tratada?

Vamos procurar implementar, principalmente na parte de ensino da graduação uma reforma. Que a graduação tenha, além do curso teórico que é dado no terceiro ano da faculdade, um internato obrigatório. Em medicina no quinto, sexto ano o aluno passa por um estágio em serviço, que é o internato. Um internato obrigatório em otorrino. Isso vai fazer com que a formação do médico seja bem melhor. Por que a incidência de doenças da nossa área é muito grande. Mesmo que não vá ser otorrino, precisa conhecer dor de ouvido, uma otite, saber tratar uma coisa inicial desse tipo para poder encaminhar.

Nós vamos em busca de excelência. Essa faculdade forma profissionais de excelência. A maioria das unidades da USP são as melhores faculdades dentro das suas áreas no país. E a gente tem que primar por essa excelência na formação de médicos de excelente qualidade.

E na parte assistencial, como atuará o Hospital das Clínicas?

Na parte do hospital vamos estreitar a ligação com a superintendência e a diretoria executiva do hospital, com o objetivo de conseguir melhorar o atendimento terciário. Por que agora você atende os doentes que são mandados dos postos de saúde. Aqui não atende muita coisa primária. Esse hospital não tem essa característica. Então ele vai receber os doentes.

Quero ver se eu consigo transferir toda a parte de diagnóstico pra fora do hospital. Por que não tem sentido uma pessoa que vem aqui pra fazer um exame simples ter que ficar circulando no hospital, com doente internado. Então a gente faz uma unidade fora do hospital. Isso é uma coisa que eu quero fazer rápido. E tem a idéia de fazer um instituto de das deficiências auditivas e visuais. Esse instituto é um sonho que há alguns anos a gente persegue e que eu gostaria que ao final da nossa gestão a gente pudesse ter pelo menos o lançamento desse instituto. Seria um instituto pra fazer o atendimento da população deficiente visual e auditiva. E eu acho que isso é uma coisa que está faltando no Brasil, que não tem.

Quais são as principais atribuições do cargo?

Tudo. Tem que ver toda a parte de graduação e a parte de assistência. Ao mesmo tempo em que é professor titular da faculdade, é diretor de divisão de toda a clínica. Comanda toda a parte de ensino e de assistência médica, pronto socorro, ambulatório, cirurgia, enfermaria. Eu gosto muito de trabalhar em equipe, então vamos procurar descentralizar bastante as atribuições. Procurar que cada cargo, cada coisa seja exercida por uma pessoa e com isso a gente consegue fazer um colegiado, mais cabeças pensam melhor.

Entrevista por André Sobreiro


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