A associação criada por renomados especialistas em otologia, com objetivo de formar e orientar profissionais em novos núcleos de implante coclear no país, sob coordenação do Prof. Dr. Ricardo Bento e direção do Dr. Robinson Koji Tsuji, tem seu estatuto criado.
Formada no início deste ano por um grupo de importantes médicos otorrinolaringologistas brasileiros, especialistas em otologia, a Central Brasileira de Implante Coclear (CBIC) reuniu no dia 17 de julho, em São Paulo, seus membros titulares ¬- Prof. Dr. Ricardo Bento (coordenador geral); Dr. Robinson Koji Tsuji (presidente); Dr. Shiro Tomita (vice-presidente); Dr. Marcelo Miguel Hueb (tesoureiro); Dra. Priscila Bogar Rapaport (secretária geral); Dr. Sérgio Ramos, Dr. Helio Lessa e Dr. Silvio Antonio Monteiro Marone (conselheiros fiscais) - para assinatura da ata de fundação e criação do estatuto.
Trata-se de uma associação pioneira, que tem por objetivo treinar e acompanhar equipes médicas para realização de implantes cocleares em todo o país, ampliando o atendimento à população. A CBIC terá representações em todas as regiões do Brasil, permitido que mais pessoas tenham acesso a um grupo de implante coclear com formação técnica de qualidade e com a chancela de respeitados profissionais da área de Implante Coclear.
Diretor-presidente do biênio 2008-2009, Dr. Robinson Koji Tsuji, supervisor do Grupo de Implante Coclear do Hospital das Clínicas de São Paulo, fala sobre esse importante trabalho:
O que representa a fundação da CBIC?
É, sem dúvida, um grande avanço na área otológica, permitindo um número muito maior de atendimentos. Nos últimos 20 anos contávamos com apenas três centros de implante coclear (São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul). Com a criação da CBIC, desde janeiro, formamos mais oito estratégicos grupos independentes, em vários estados do país, dirigidos por médicos e fonoaudiólogos renomados, com assessoramento constante da equipe de São Paulo.
Quais são os principais objetivos da Central?
A intenção é criar um padrão único de excelência para o tratamento do paciente com deficiência auditiva em diversos estados, garantindo a ele uniformidade no atendimento. As informações individuais estarão disponíveis aos grupos de atendimento nas várias regiões e o contato com o profissional da origem de cada paciente disponibilizará acesso imediato aos dados de seu prontuário. Por exemplo: uma pessoa fez o implante coclear em São Paulo, mas mudou-se para a Bahia.
No novo estado, bastará procurar a representação da CBIC mais próxima para que os médicos dali tenham acesso a seu histórico e possam dar prosseguimento ao acompanhamento. Temos como objetivo ainda formar e treinar novos profissionais para que no futuro todo brasileiro com deficiência auditiva tenha um Grupo de Implante Coclear próximo à sua residência. E mais: intensificar o intercâmbio entre as equipes com treinamento e atualização constantes, além da realização de eventos de cunho informativo para o público leigo e de cunho científico para profissionais de saúde.
Como entrar em contato?
Já disponibilizamos um site,
www.ouvidobionico.org.br, com informações sobre o trabalho, o grupo que coordena e um mapa no qual podem ser acessados os contatos com os novos centros e médicos associados.
(Por Yara Achôa, jornalista)