LABORATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO MÉDICA É MAIS UMA CONQUISTA DA ORL HC-FMUSP
01/03/2012
O L.I.M. 32 - Laboratório de Investigações Médicas - da Disciplina de Otorrinolaringologia foi inaugurado em fevereiro em três salas no prédio da Faculdade de Medicina do HC-FMUSP


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Já está em pleno funcionamento o L.I.M. 32 - Laboratório de Investigação Médica -, uma conquista do Departamento de Otorrinolaringologia do HC-FMUSP, sob a direção do Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento e coordenação da Dra. Jeanne Oiticica. "A semente começou em 2006, com um grande projeto - na época, temático - e dentro dele, a lista de todos os equipamentos indispensáveis à infraestrutura para realizar testes genéticos e pesquisas com células-tronco e terapia gênica na surdez, que envolvia a colaboração de professores dos mais diversos centros de pesquisa da USP, incluindo as Profas. Regina Mingroni-Netto e Luciana Haddad do Instituo de Biociências da USP, a Profa. Dra. Luciana Vasques da UNIFESP e o Prof. Bryan Strauss do Setor de Vetores Virais do INCOR. Mas o início do projeto foi alterado em todos esses anos", diz Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento.
O projeto inicial foi aceito pelo CNPQ em 2008, que destinou verba total para compra de material de consumo. "Conseguimos, então, fazer parte da RNTC (Rede Nacional de Terapia Celular). E, para dar continuidade ao projeto, em 2009, conseguimos o apoio da FAPESP, através do Processo Auxílio Regular à Pesquisa denominado Sinalização e Diferenciação das Células do Órgão de Corti: Perspectivas para a Terapia da Surdez", continua o professor.

Células-tronco e surdez
Segundo a Dra. Jeanne Oiticica foi muito difícil iniciar a pesquisa das células-tronco da cóclea. "Com apoio do Departamento de Otorrinolaringologia estagiei nos principais centros de estudo da área no mundo. Fui à Universidade de Liege, Bélgica, e descobri que trabalhar com cultura celular por si só é muito difícil e, especificamente, com células da audição é desafiador. Foram três anos para padronizar todo o manejo e cultivo, adaptar e padronizar os protocolos de coleta e extração do tecido, as passagens e repiques e como fazer a imunofluorescência das células. Os estágios aconteceram no Bionic Ear Institute, Universidade de Melbourne, Austrália em 2006, no Section on Structural Cell Biology, no National Institute of Health, NIH, Washington- DC, EUA em 2007, no RechercheNeurobiologie Cellulaire ET Moléculaire, na Universidade de Liege,Liege, Bélgica, em 2008 e no Inner Ear Stem Cells Section, Universidade de Montpellier 1, Montpellier, França em 2009", diz ela.

Atualmente, toda essa bagagem levou a Dra. Jeanne juntamente com o Prof. Dr. Ricardo Bento a isolarem, em camundongos, as células-tronco do ouvido. "É um processo lento, mas está sendo trabalhado com resultados eficazes, e temos certeza que a terapia celular e a terapia gênica farão parte das estratégias futuras para tratamento da surdez. Atualmente, estão em andamento os ensaios para verificação do silenciamento, por meio de vetores virais, de genes implicados na diferenciação e proliferação destas células. Todos estão sendo inibidos em cultura. Nossa expectativa é a re-entrada destas células no ciclo de divisão celular, o aumento de células ciliadas da audição e a recuperação da função auditiva", continua a pesquisadora.

LIM para pesquisa genética
O Laboratório de Investigação Médica conta com duas funcionárias, Melissa da Silva Bastos, graduada em Biologia pelo Mackenzie com mestrado pelo Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP e a Prof. Dra. Karina Lezirovitz Mandelbaum, graduada em Biologia pela USP, com mestrado e doutorado em Biologia/Genética pelo Departamento de Genética e Biologia Evolutiva do IB-USP, cujo cargo no LIM é de pesquisadora científica.
Equipado com sala de estudos, hall, escritório, três áreas - pré-PCR, DNA e pós-PCR - para experimentos de biologia molecular onde são feitos os testes genéticos para surdez e uma quarta área que corresponde à sala de cultura celular, onde são feitos os experimentos com células-tronco, o LIM conta com todos os equipamentos necessários para a pesquisa da surdez.

"A surdez é condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e é, na maioria das vezes, irreversível. Em 60 a 90% dos casos, a surdez ocorre por lesão das células ciliadas responsáveis pela audição. Investir em estratégias para recuperação da função auditiva em seres humanos é passo fundamental para a Ciência e estamos trabalhando para conseguir esse objetivo. O LIM está aí para isso", finaliza Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento, diretor do projeto.

O LIM fica na Faculdade de Medicina da USP, av. Dr. Arnaldo, 455, 2º andar, sala 2209 e maiores informações podem ser obtidas através do site www.otorrinousp.org.br/textos.asp?id=6 e conta com o apoio da Fundação Otorrinolaringologia.


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