A Liga de Prevenção a Surdez foi criada em 1997, a partir da idéia dos alunos do Curso de Graduação em Medicina que gostariam de aprender mais otorrino. Desde então vem orientando alunos na prevenção e tratamento da deficiência auditiva distúrbio dos mais comuns entre pessoas de todas as idades. Hoje, estamos no 6° ano das atividades da Liga de Prevençãoa Surdez e muitos dos residentes formados em otorrinolaringologia no HCFMUSP foram alunos da Liga e muitos outros em outras especialidades. O aprendizado na Liga de Prevenção a Surdez também se aplica a outras especialidades como a pediatria, geriatria, obstetrícia, reumatologia, UTI, etc., já que a perda auditiva acomete todas as faixas etárias e está ligada a diversas causas como infeccções congênitas, drogas ototóxicas, otites, etc. Em março será realizado o VI Curso de Introduçãoa Liga de Prevenção `a Surdez para acadêmicos de Medicina e Fonoaudiologia, médicos e fonoaudiólogos.

Coordenaçåo da Liga de Prevenção à Surdez:

Coordenação:

  • Dra. Renata Cantisani Di Francesco
  • Médica- Assistente doutora da Divisão de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da FMUSP

Supervisão:

  • Prof. Dr. Ricardo Ferreira Bento
  • Professor associado da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP
  • Prof. Dr. Aroldo Miniti
  • Professor titular da Disciplina de Otorrinolaringologia da FMUSP

Diretoria Acadêmica:

  • Ac. Sergio Konno

Fonoaudiólogas:

  • Maria Elizabete Bovino Pedaline
  • Laura Vasconcelos

A Incidência da Perda Auditiva:

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência auditiva afeta cerca de 10% da população mundial, variando segundo o desenvolvimento sócio-econômico e hábito (estado nutricional, ocupação profissional, raça, cultura, e principalmente o grau de informação sobre a prevenção) local2. No Brasil estima-se que haja 15 milhões depessoas com algum grau de perda auditiva. No censo de 1996 a surdez foi a segunda deficiência mais citada, sendo a primeira a visual.

O Impacto Social da Deficiência Auditiva:

A surdez tem um impacto social muito importante, pois é um distúrbio que afeta a comunicação, que assume um papel cada vez mais importante dentro da sociedade, onde saber falar torna-se essencial para as relações sociais humanas. Os deficientes auditivos têm dificuldades de se adaptar `a sociedade, muitas vezes são marginalizados e acabam isolando-se tem como consequência dificuldades no campo profissional.

A Defiência Auditiva na Infância:

A audição é uma das funções mais importantes para o desenvolvimento da linguagem e assim para a comunicação. A perda auditiva é prejudicial em qualquer etapa da vida, mas particularmente na infância onde acaba levando a um atraso no desenvolvimento da linguagem (que ocorre fundamentalmente nos dois primeiros anos de vida) e biopsicossocial do indivíduo.

Um outro momento crucial é na faixa etária escolar e pré-escolar (entre seis e sete anos de idade), onde a deficiência impede a criança de acompanhar o desenvolvimento escolar, levando o indivíduo desde cedo a distúrbio de aprendizagem, problemas de atenção e comportamento, e suas consequências sociais. Quando bilateral e presente desde o nascimento à deficiência acaba levando a criança a tornar-se dependente, com consequente ônus social e econômico para a família e a sociedade.

A Deficiência Auditiva nos Idosos:

Na população da terceira idade (principalmente acima dos sessenta e cinco anos), que está aumentando e cuja tendência demográfica tende a manter-se nos próximos anos, a deficiência auditiva pode ser a principal queixa e agrava, entre outros, a tendência de isolamento do indivíduo.

O que pode levar a perda auditiva?

A perda auditiva pode ter inúmeras causas. Por exemplo: problemas que causem uma alteração de condução sonora (como infecção, otosclerose, malformações, trauma) ou alterações de “percepção” (como a presbiacusia, perda auditiva induzida pelo ruído, tumores, doenças autoimunes). Em todos os casos de perda auditiva há como melhorar a qualidade de vida do indivíduo seja através de tratamento medicamentoso, cirúrgico, ou através de orientação para o uso aparelhos de amplificação sonora ou implante coclear. Devido à alta prevalência e gravidade das consequências que a disacusia pode causar, a prevenção assume importância fundamental, principalmente para a educação e orientação da população, como também para o diagnóstico e tratamento precoce.

VI Curso de Introdução a Liga de Prevenção a Surdez

Participaçao em campanhas assistenciais

  • 1997 – I Campanha Nacional de Prevenção `a Surdez
  • 1999- Quem ouve bem aprende melhor
  • 2001 – Quem ouve bem aprende melhor – Companhia metropolitana de São Paulo

Trabalhos Elaborados na Liga de Prevenção a Surdez

  1. 10 Últimos anos da cirurgia para infecções crônicas do ouvido médio no HCFMUSP
    1. Di Francesco, R; Capelli, F; Chung, D; Cizilio, A; Bento, RF
      Apresentado no 34o. Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia 18 a 22 de novembro de 1998 Porto Alegre, RS
  2. 10 anos de estapedotomia no HCFMUSP
    1. DiFrancesco, RC; Bento, RF; Cahali, JB; Leite, AF; Oliveira, M
      Apresentado no 34o. Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia 18 a 22 de novembro de 1998 Porto Alegre, RS
  3. Tumores do Osso temporal: estudo de 32 casos
    1. Neves, MC; Bento, RF; DiFrancesco, RC; Marcondes, RA
      Apresentado no 34o. Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia
      18 a 22 de novembro de 1998 Porto Alegre, RS
  4. Estudo retrospectivo do tratamento cirúrgico da otite média secretora de 1988 a 1997
    1. Simonelli, L; DiFrancesco, RC; Bento, RF; Wiikiman, C; Zerati, F.
      Apresentado no 34o. Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia
      18 a 22 de novembro de 1998 Porto Alegre, RS
  5. Liga de Prevenção `a Surdez: análise de 3 anos de atuação
    1. Fortes, F; DiFrancesco, RC; Bento, RF
      Recebeu 3a. colocação para o prêmio Oswaldo Cruz na modalidade de Medicina Preventiva
      XIX Congresso Médico Universitário da FMUSP: 14 a 25 de agosto de 2000. São Paulo, SP
  6. Liga de Prevenção `a Surdez: 3 anos de atuação
    1. Fortes, F; DiFrancesco, RC; Bento, RF
      34o. Congresso Brasileiro de Otorrinolaringolgia, 17 a 20 de novembro de 2000, Natal, RN
  7. Early diagnosis of hearing loss: survey among pediatricians
    1. Aoki, L; Kishida, E; DiFrancesco, RC; Bento, RF
      104th Annual Meeting of the American Academy of Otolaryngology Head and Neck Surgery, 24 a 27 de setembro de 2000, Washington, USA

Ex-alunos da Liga de Prevenção a Surdez

  • 1997
    1. Celso Morita
    2. Fernando Saito
    3. Alexandre Sizilio
    4. Fábio Elias Zerati
    5. Gustavo Gusso
    6. Juliano R. de Andrade
    7. Érica Asi Domingues
    8. Marcos Felipe Domoni Souza Dias
    9. Maura Neves
    10. Renata Marcondes
    11. Ivan de Picoli Dantas
    12. Lucinda Simoceli
    13. Andrea Furlan Leite
    14. Maura Sararoli de Oliveira
    15. Danielle Chung
    16. Fabio Capelli
    17. Liao Shin Yu
    18. Juliana B. Cahali
    19. Fábio de Oliveira
    20. Glaucia F. Varkulja
  • 1998
    1. Adriana Hachiya
    2. Érica Sane Kishida
    3. Fábio de Rezende Pinna
    4. Fabrício W. de Medeiros
    5. Flávio Sakae
    6. Guilherme M S da Rocha
    7. Lísia Aoki
    8. Luciana Miwa Nita
  • 1999
    1. Luciano Fernando Gatti
    2. Márcio Ricardo Garcia
    3. Midgley Gonzales
    4. Robinson Koji Tsuji
    5. Ronaldo Frizzarini
    6. Flávio Augusto Passarelli Prado
  • 2000
    1. Marcos Loreto Sampaio
    2. Monica Akahoshi Rudener
    3. Murilo Catafesta das Neves
    4. Pedro Gomes de Alvarenga
    5. Rafael Ferreira Coelho
    6. Rodrigo B. D. Passos
    7. Daniel C.Dutra
    8. Fernando Sasaki
    9. Guilherme de Toledo Constantino
    10. Silvia de Almeida Zimbres
  • 2001
    1. Adriana Angelucci
    2. Alexandre Narconi Ayres Pereira
    3. Bruno Brito Atenas
    4. Fernada Salles Seguro
    5. Fernando Villela Andriguetti
    6. Julio Miranda Gil
    7. Lucas Yug Yamalcani,
    8. Mariana Lie Yamaguishi
    9. Mariana Pedreiras Hausen
    10. Ricardo Shinji Aie
    11. Rodrigo Bernal da Costa Morety
    12. Sérgio Nobuo Konno
    13. Ali Mamoud

Ex-diretores da Liga de Prevenção a Surdez

  • 1997
    1. Gustavo
  • 1998
    1. Maura Catafesta das Neves
  • 1999
    1. Adriana Hyachia
    2. Felipe
  • 2000
    1. Felipe Sartori Fortes
  • 2001
    1. Monica Rubner
    2. Marcos Loreto

Liga de Prevenção da Obstrução Nasal é uma organização de caráter universitário, formada por acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), residentes e assistentes do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. João F Mello Jr. Em 2004 mudou de nome passando a chamar-se Liga das Rinites. Suas atividades são realizadas entre 12:00 e 14:00 horas, as terças-feiras no Ambulatório do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da FMUSP. Apresenta 3 objetivos fundamentais.

  1. Assistenciais:
    1. Promover atendimento aos pacientes portadores de obstrução nasal e outras doenças das cavidades nasais
    2. Promover o diagnóstico da obstrução nasal
    3. Prevenir as complicações da obstrução nasal
  2. Didáticos, proporcionar aos acadêmicos dos 3o, 4o e 5o anos do curso de graduação da FMUSP conhecimentos das doenças das cavidades nasais, nos seguintes aspectos:
    1. treinamento ambulatorial
    2. aprendizado dos diagnósticos
    3. tratamento clínico
    4. indicação de tratamento cirúrgico
    5. acompanhamento ambulatorial de pacientes
    6. iniciação em pesquisa médico-científica com a finalidade de familiarizá-los com a metodologia da realização de trabalhos científicos.
  3. Científicos:
    1. Aumentar a casuística dos casos de doenças nasais do departamento de otorrinolaringologia do H.C.F.M.U.S.P.
    2. Possibilitar a realização de pesquisas sobre as diversas doenças que levam à obstrução nasal.